domingo, 1 de março de 2009

Katia de Marília

Essa foto marca o inicio de uma nova pessoa,que antes da foto procura interagir de alguma forma com quem esta sendo fotografado.Isto proporciona um grande saber,pois depois disto você começa ver as pessoas de outra forma.Como nesta foto que a principio temia pela reação da Katia(fotografada) quando perguntasse se poderia tirar uma foto dela ,pois ela era moradora de rua .Isso foi uma atitude completamente preconceituosa.Por esta razão resolvi roubar a foto, no entanto antes de consegui-la katia perguntou se queria tirar uma foto dela e pediu para depois dar a foto a ela como presente. Bem de qualquer forma o que quero dizer é q muitas vezes é melhor perguntar se pode tirar uma foto do que rouba-la, pois seu olhar será bem mais interessante.

Um comentário:

  1. A Kátia é uma velha conhecida do centro de São Paulo. Uma moradora de rua; uma pessoa muito difícil de se aproximar em razão de sua agressividade. Seu cotidiano violento é incompreensível para nós, mais abastados e pertencentes a um universo social completamente diferente do dela, torna qualquer aproximação uma grande dificuldade. Talvez seu rosto doce de menino tenha rompido as inimagináveis barreiras da Kátia,... talvez.
    Estava presente no momento da foto; ela chegou a sorrir coisa que nunca vi. O momento foi mágico tanto para você como para ela. A foto foi entregue em suas mãos uma semana depois. Lembro que ela olhou sem esboçar expressão; dobrou e colocou no bolso.
    Uma coisa é certa, você mudou depois desta foto. Não foram só os muros da Kátia que caíram. Os seus medos e preconceitos também. Nasceu o carinho e afeição por estas pessoas. Você viu que são de carne e osso e carentes de carinho como nós. Normalmente passamos por elas como se fossem fantasmas deitados na rua. Não queremos e não gostamos de ver a desgraça humana. Suas fotos estão mudando e mostrando suas descobertas. Fotos emocionadas, cara a cara com as pessoas; como você diz,...”sem roubar suas imagens”. Com composições elegantes e de grande sensibilidade.
    Parabéns,
    RBG

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